Lago Baikal, Russia 1988
Muito próximo ao Lago Baikal, estava situado o povoado de Irkutsk. Talvez o inverno mais rigoroso que já haviam passado. Já passavam das 23h e a maioria das pessoas já estavam dormindo, deixando a cidade em completa escuridão. Nas proximidades do lago um clarão iluminou o céu que estava coberto de neblina, logo um raio atingiu a agua, cortando a grossa camada de gelo que havia formado. Alguma coisa havia caído direto e ido para o fundo do lado congelante. O silencio era a única coisa que se podia ouvir.
Segundos depois uma luz forte vinha como um turbilhão do fundo do lago em direção a superfície. Uma mulher, de pele escura com um par de olhos verdes brilhantes simplesmente saiu das aguas caindo sobre o gelo e neve.
Deitada sobre a neve, os flocos de neve caiam sobre seu cabelo e rosto, respirando fortemente e tentando não congelar, ela se levantou e começou a caminhar com dificuldade. Ela não era alta e tão pouco baixa, mas tinha um gosto muito estranho para as roupas, usava apenas uma tunica negra e um cachecol, ambos congelantemente molhados.
Continuou sua caminhada com dificuldade sobre o gelo. Simplesmente cansada de caminhar sobre a espessa neve, ela colocou a mão em sua tunica e pegou sua varinha e apontou diretamente para o gelo em direção a floresta que havia ao redor :
- A me semitam!
Rapidamente o caminho começou a se abrir diante de seus pés, facilitando o caminho até Irkutsk.
Ainda muito escuro e sem poder ver o que havia em frente, utilizou sua varinha para poder iluminar o caminho.
- Lucendi!
E um flash de luz saiu de sua varinha e ela pode então continuar sua caminhada pela neve. Alguns segundos depois um barulho entre os arbustos a alertou, fazendo com que ela se escondesse atras de uma arvore. Segurando sua varinha e pronta pra atacar quem quer que fosse, uma sombra se aproximou, sem esperar apontou sua varinha e perguntou:
- Quem esta ai?
Apontando para todos os lados
- Greta, sou eu! Flynn
E um homem magrela e alto saiu dos arbustos em sua direção.
- Flyn!! O que vocês está fazendo aqui?
- Eu não pude deixar você vir sozinha, você é louca! Essa definitivamente não são nossas terras! Aqui é Russia!
Flynn se aproximou tentando se aquecer, quase que não conseguia se manter em pé de tanto que tremia.
-Eu não acreito Flynn! Eu não sou louca, você é! E em segundo lugar você é todo atrapalhado e nem sabe usar os feitiços direito, não esta suficientemente preparado, não devia ter vindo.
- Para com isso! A tarefa é facil!
- Claro, com certeza! – Disse Greta ironicamente.
- Eu ouvi que você tem que trazer o calice de volta, apenas isso!
Greata começa a rir e a ironizar Flynn
- Com certeza, só entrar e pegar!
Flynn rolou os olhos e se aproximou de Greta
- Vamos, ou vou morrer aqui! – Disse Flynn tentando roubar o cachecol que ela usava
Ambos continuaram a caminhada pela floresta, Greta estava muito pensativa e indagou :
- Como você sabe do calice? Quer dizer ... o que você realmente sabe?
Flynn engoliu seco, olhou para o nada e novamente para Greta
- Bem, digamos que sei o suficiente.
Greata simplesmente para de caminhar e encara Flynn
- Flynn, sei que você deve saber algo, mas duvido que saiba tudo ...
Flynn sorri, ajeita o cabelo pro lado e continua
- Posso não saber tudo, mas sei que o calice que você esta buscando é o mesmo calice que pertenceu a Jeofrey Jinx
Greta surpresa com a resposta volta a caminhar apressando o passo
- Vamos, não podemos tardar, afinal de contas temos que ver como tirar o calice da casa do Dimitri Petrovich
Flynn simplesmente se congelou, dessa vez não pelo gelo, mas por saber que estavam indo para a casa de Dimitri Petrovich, um bruxo extremamente poderoso e amante das forças do mal.
- Agora eu tenho certeza que você está louca! Como você acha que isso vai funcionar?
Greta o encara com duvida nos olhos
- Eu simplesmente não sei. Apenas sei que tenho que levar esse calice de volta pra Escócia.
Flynn se calou e continuou caminhando, a floresta parecia cada vez mais fechada, mas ao pé que andavam ja era possivel avistar algumas luzes do povoado. Ambos ja estavam cansados, congelados e inseguros pela ultima conversa que tiveram, a confiança de Greta havia sido abalada pelas poucas palvras de Flynn, porque simplesmente ela não tinha pensado em certos detalhes, especialmente se tratando de Dimitri.
- Fica quieto, que agora preciso fazer com que passemos desapercebidos, e pra isso vamos quer que ir por baixo ...
Flynn cada vez mais palido de medo e frio
- Eu não estou gostando disso ..
Greta com a cara fechada simplesmente ignorou o que Flynn havia dito e pegou sua varinha apontando pro chão.
- Segure meu braço! - Ordenou
- Sub onerariis! - Indagou Greta e simplesmente o chão se abriu, fazendo com que ambos caissem em um tunel de gelo, mesmo sem saber exatamente onde estavam indo, se abraçaram devido ao medo do incerto e gritando até o mais profundo abismo. Escorregaram até uma area onde estava tudo escuro e o chão escorregadio como uma pista de patinação. Greta uma vez mais pegou sua varinha e com o encantamento Lucendi começou a olhar ao redor
- Acho que dessa vez literalmente descemos pelo cano, nos ferramos! Você nem sabe onde estamos!
Bruscamente é interrompido por um tapa que recbe de Greta
- Calma! Você esta me deixando nervosa!
Greta respira fundo e começa a olhar em volta, ainda escorregando no gelo. Flynn simplesmente começou a caminhar atras dela, olhando para todos os lados que podia. Greta tirou um mapa de seu bolso e começou a olha-lo.
- Bom, segundo o mapa devemos estar embaixo da casa de Dimitri, por isso fica quieto, nem respira se possivel.
Flynn concordou com a cabeça e começou a caminhar com o maximo de cuidado. Greta olhou pra cima e apontou sua varinha e disparou :
- Illud!
E o gelo foi cortado precisamente, caindo logo em seguida. De onde ela havia cortado dava pra avistar a base de madeira da casa de Dimitri. Flynn olhou para a madeira e para Greta
- Como faremos? - olhou Flynn pensativo
Greta olhou para Flynn e para a madeira
- Acho que você não deveria ter se formado, ou você tomou alguma coisa e esqueceu tudo, não é possivel
Greta sorriu e usou o mesmo encantamento para serrar a madeira, só que dessa fez segurando-a para que não caisse e fizesse barulho. Flynn observou e sorriu com orgulho.
- Simplesmente Demais!
Greta jogou a madeira para Flynn
- Coloque isso em algum lugar e me ajude a subir!
Flynn colocou a madeira no chão e se aproximou, tentando fazer com que Greta subisse em suas costas para apoiar e entrar na cada de Dimitri. O chão cada vez mais escorregadio, e Flynn inseguro, Greta subia com certa dificuldade, até que alcançou os ombros de Flynn.
- Calma! Estou quase la - Disse ela, tentando se apoiar em seus ombros
Flynn quase não aguentando tentava respirar fundo para não fazer barulho e segura-la.
Greta alcançou subir, e percebeu que havia entrado no porão da casa de Dimitri, ainda muito escuro, olhou para Flynn e disse:
- Você fica ai, talvez precise de você quando voltar
Flynn desesperado começou a chama-la
- Greta! Greta! volte aqui!
Greta o deixou, e começou a caminhar pelo porão. Ao contrario do que parecia não simplesmente um porão escuro, era o porão de Dimitri, mas isso também não significava nada no momento, já que seu objetivo era mais forte do que qualquer medo ou possibilidade, com sua varinha iluminando seu caminho ela procurava por caixas, livros velhos e empoirados, roupas, qualquer rastro do calice, mas claramente Dimitri o deixaria trancado em seu porão, ainda vasculhando umas caixas velhas ela encontrou um album com a capa de couro desgastada, logo começou a olhá-lo, eram inumeras fotos de Dimitri e seus amigos e outras de uma outra mulher, mas que não parecia sua esposa, mas sim sua filha e em cada foto que ela estava havia uma legenda com um coração e o nome Isadora.
Greta tocou a foto de uma meneira carinhosa, respirando fundo e retirando a foto do album e colocando em sua tunica. Fechou o album rapidamente e o colocou onde havia encontrado. Voltou a buscar o calice quando ouviu passos. Seu coração gelou, parou rapidamente de prourar e se escondeu em silencio.
As luzes se acenderam, Greta estramente nervosa respirou fundo e se preparou para qualquer coisa que viessa a acontecer. Os passos estavam cada vez mais proximos, descendo as escadas do porão, engolindo seco, Greta apontou sua varinha para a sombra que vinha em sua direção.
Rapidamente a sombra se converteu em uma mulher
- Greta!
Sem mesmo esperar, Greta abaixou sua varinha e a abraçou fortemente como se nunca mais fosse soltar
- o que faz aqui?
Eu precisava, quer dizer, não importa! Você esta aqui, isso importa!
E Greta ainda abraçando-a olhou para seu rosto e acariciou com carinho.
- Eu senti muito sua falta Isadora
Sorrindo, Isadora ficou vermelha e voltou a abraça-la.
- Eu também, eu também
Greta se afastou e puxou-a para seu lado.
- Eu sei que eu não deveria ter vindo, mas preciso de um grande favor, preciso que você me diga se por um acaso lá em cima tem um calice difetente, ele é meio esverdiado, com alguns cristais, você viu esse calice?
Greta disparou, ainda nervosa, emocionada e sem saber o que fazer, pois depois de tanto empo havia encontrado Isadora, mas isso não poderia impedi-la de terminar sua missão.
- Eu não sei, porque cheguei tem 2 dias, Greta! Eu não sei o que tem e se tiver algo que seja assim meu pai não deixaria exposto.
Respondeu Isadora, olhando-a com carinho
- De qualquer jeito, preciso que você o encontre pra mim! Preciso retornar esse calice pra Escocia, não pode ficar aqui, não pertence ao seu Pai
Isadora prestou atenção em cada palavra de Greta, pensou um pouco, respirou fundo e disse
- Greta, eu preciso que você saia daqui, pelo seu bem. Te prometo que vou procurar e nos encontramos em outra parte, pode ser?
Greta a olhou, tocou seu queixo, respirou fundo
- Ok, mas preciso que você o encontre e venha me trazer o quanto antes, eu vou ficar por aqui, mas vou me esconder em um acampamento perto do lago, não é longe
Isadora concordou com a cabeça e a ajudou a voltar pro buraco.
- Greta, eu te amo
Disse Isadora, a olhando com muito carinho, nada diferente de Greta, que fez o que ela havia pedido, voltando pro buraco. Antes de baixar, greta a puxou com força para seus braços e a beijou apaixonadamente, sentindo seus labios e sua respiração.
- Te espero
Disse greta voltando pro buraco e ali estava Flynn, ainda preocupado com as unhas todas roidas
- Greta! Você esta bem!
- Me ajude a descer, rapido!
Greta desceu e colocaram o pedaço de madeira novamente.
Flynn com raiva a puxou e disse
- Você não pode fazer isso, arriscou sua vida pra que? pra nada, nem o calice você trouxe! Eu ouvi vozes e quase subi achando que tinha acontecido algo, Greta!
Enquanto ela falava Greta estava em outro lugar, pelo menos seus pensamentos, que continuaram com Isadora.
- Greta!
Insistiu Flynn, simplesmente puxando-a para longe dali
- Flynn, não sei o que dizer, não sei!
Que tipo de feitiço fizeram com você! Você não aprece normal! Venha!
Flynn seguia puxando-a para fora do tunel e olhando para seu rosto que estava completamente diferente, apenas não sabia que aquele rosto era de uma pessoa apaixonada e não de um feitiço.
Logo que sairam do tunel, Flynn pegou sua varinha e com ajuda de alguns galhos de arvore armou uma cabana para passarem a noite.
- Posuit!
E aos poucos a cabana foi armando-se e ele ajeitando tudo, com muito cuidado, porque não sabia exatamente como fazer, mas fez da maneira que sabia, um pouco torto, um pouco quebrado, mas conseguiu. Greta ainda estava paralizada com o que havia acontecido, apenas seguiu as ordens de Flynn e entrou na cabana improvisada, sentou-se e Flynn acendou uma fogueira
- Accenderet!
Greta sorriu e olhou para Flynn, tentando ser prestativo
- Você precisa me contar o que aconteu lá!
Disse Flynn ainda olhando para Greta preocupado
- Sabe Flynn, tem coisas que não sei se devo contar, porque já passei por muitos problemas em contar o que acontece comigo, ou se é algo que acontece.
Flynn a olhava ainda mais confuso
- Se você não me contar, não tenho como saber.
Flynn sentou-se ao lado de Greta, segurou sua mão e continuou
- Greta, você é muito especial pra mim e jamais me perdoaria se algo acontecer com você e honestamente você esta estranha
Greta sorriu, respirou fundo e pegou a foto e mostrou a Flynn. Ele pefou a foto, olhou e olhou, não entendia o porque ela havia mostrado tal foto, sem entender perguntou:
- Quem é ela?
Greta o olhou e respondeu
- Isadora Petrovich
Flynn arregalou os olhos e devolveu a foto
-Ela é Filha do Dimitri?
Concordando com a cabeça Greta guardou a foto e ficou pensativa. Flynn ainda sem entender voltou a a perguntar
- ok, entendi que ela é a filha do Dimitri, mas não entendi qual a relação que ela tem com tudo isso e porque você tem a foto dela e por que você saiu de lá sem o calice e com essa cara de morta viva.
Greta sorri, mas pensa se deve falar já que sabia que Flynn tinha sentimentos por ela, porque de alguma maneira falar era deixar tudo claro e fazer com que ele entendesse que seu coração já era de outra pessoa e não falar também seria mais prudente ja que alem de continuar com seu segredo não partiria o coração de seu amigo
- É complicado, Flynn, talvez seja algo que eu deva guardar pra mim
Disse em voz baixa, olhando para a foto
- Você não confia em mim!
Flynn fechou a cara e começou a olhar pro fogo, triste por não ser a pessoa em que ela confia
- Flynn, ela estava no porão ...
Flynn virou a cabeça rapidamente e voltou a segurar a mão de Greta
- O que ela te fez? Ela te machucou? Greta! Temos que dar um jeito de voltar la e prende-la, fazer algo para que você possa voltar ao normal
- Flynn, cala a boca, deixa eu explicar, apenas ouve
Flynn engoliu seco, concordou com a cabeça e ficou em silencio esperando que ela continuasse.
- Eu a conheci em Londres, quando terminamos a escola e fomos fazer nossa viagem de formatura, lembra?
Flynn concordou com a cabeça e acrescentou
- Bom, você a conheçou e não me falou, porque eu estava nessa viagem, o que eu lembro é que você sempre desaparecia, mas continue
- Exatamente! Eu sumia porque no primeiro dia que fomos aquele Pub Irlandes eu a encontrei e começamos a conversar, eu sabia que ela era bruxa, assim como eu, mas não disse nada, apenas deixei a conversa fluir. Tomamos uma cerveja e ela precisava ir, eu a acompanhei, e na saida do pub, simplesmente aconteu, eu a beijei.
Flynn não sabia o que falar, apenas a olhava surpreso
- Eu sei que você deve estar pensando, mas eu senti que era o que eu deveria fazer, e ela se foi, e nessa viagem nos viamos todas as noitas, escondidas, fugindo de hotel em hotel, até que tivemos a ideia brilhante de ir a Paris naquela mesma noite.
- Por isso você sumiu por 2 dias! - Cortou Flynn, olhando novamente para a fogueira.
- Sim, fomos para Paris e ali eu entreguei meu coração, no ultimo dia ela me contou que era filha de Dimitri, eu não sabia o que fazer, não sabia se terminava tudo ali ou se simplesmente fugiria com ela pra bem longe de tudo, mas eu sabia que tinha que voltar e ela sabia que também teria que voltar, então decidimos que escreveriamos e desde então estamos nos escrevendo, porque eu nunca consegui voltar, a não ser agora
Flynn a interrompeu
- Você veio aqui pra pegar o Calice ou voltou pra encontra-la?
- Eu vim pela missão, mas desejava ter essa oportunidade.
Flynn se levanta e começa a andar de um lado pro outro
- Você sabe que você não deveria fazer isso, você não deveria ter nada com ela, por frazões obvias, primeira, ela é uma mulher! Segundo, ela é filha daquele crapula!
Greta levanta também e segura Flynn pelo braço
- Por isso não queria contar, e pra sua informação, a unica coisa que me impede de qualquer coisa é o pai dela e não o fato dela ser uma mulher, amor não escolhe cor, não escolhe sexo nem raça, a gente não escolhe a pessoa que vamos amar, simplesmente acontece.
Flynn a olha, coloca a mão no bolso e pega uma pulseira e coloca na palma de sua mão e mostra a Greta
-Flynn! Onde você a encontrou?
Greta o abraça forte e pede que ele a ajude a colocar a pulseira que era de sua mãe, pulseira que ela achava que havia perdido na viagem de formatura
-Por que voce nao me disse que estava com você?
- POrque queria te dar em um momento especial, que eu achava que ia ser hoje a noite
Flynn volta a sentar-se e Greta também se senta ao seu lado
- Flynn, você é meu amigo, sempre será, sei que eu não deveria ter escondido de você e me sinto mal por isso agora, mas o que existe entre nós é amor de dois amigos, meu coração é de outra pessoa, sinto muito
Flynn engole seco uma vez mais, concorda com a cabeça e não diz nada.
- Me desculpe, Flynn.
Sem deixar que Greta continuasse com Flynn ainda com a cara fechada troca abruptamente de assunto
- De qualquer maneira ainda temos que recuperar o Calice, porque de um jeito ou de outro temos que voltar pra Escocia em 2 dias
Greta concorda com a cabeça e adiciona
- Exatamente, mas isso eu ja resolvi - ainda pensativa ela continua
- Acredito que resolvi
E olha para Flynn. Ele ainda de cara fechada coça a cabeça com um olhar de duvidas
- Talvez eu nem devesse perguntar ...
Greta nã diz nada e simplesmente pega novamente a foto de Isabela e apenas olha, enquanto Flynn se senta do outro lado da fogueira. O silencio e os estalos da fogueira era o unico que se podia ouvir naquela noite.
Edimburgo, 1988
Um tumulto tomava conta do Castelo de Balmoral, não era uma noite comum, muitos bruxos haviam se reunido na porta do castelo em busca de respostas, já que Gaston Fraser havia enviado sua unica filha em uma missão praticamente suicida.
- Gaston, você precisa nos atender ou pelo menos dar-nos algum parecer do que esta acontecendo - Disse Sinclair, um dos conselheiros da cidade.
E todos gritavam fortemente querendo respostas de Fraser, até que ele se aproximou da porta, abriu e parou em frente da mesma olhando para todos, Nesse momento o barulho se transformou em silencio e todos o olhavam fixamente. Ainda com roupas de dormir e um pouco desorientado, respirou fundo e começou ..
- Eu não tenho muito o que explicar a vocês, embora seja necessario dizer algumas palavras. Enviei Greta em uma missão possivel, conheço seus talentos e forças e eu não pediria algo que ela não conseguisse fazer. Ela esta amparada por pessoas que a querem bem, apenas isso, espero que todos agora voltem a suas casas e amanhã podemos discutir melhor no conselho.
Simplesmente sem dizer nada mais, entrou e fechou a porta deixando as pessoas boquiaberta com a decisão que havia tomado. Fraser apenas entrou, caminhou pelo l=corredor principal até os pés da escada, olhou um grande quadro de sua familia, nesse momento pegou sua varinha, e simplesmente enviou um feitiço de proteção
- Romanum praesidium!
E uma luz brilhante saiu de sua varinha indo em direção a janela buscando Greta.
Lago Baikal 1988.
Amanheceu mais cedo do que o esperado, Flynn ja esta em pé, afinal de contas não dormiu, pensando na conversa que tiveram noite passada, ele simplesmente observou Greta descansando e segurando a foto de Isadora. Flynn deixou a cabana e foi até o lago, caminhando lentamente para não quebrar o gelo, cortou um pedaço com sua varinha e improvisou uma pescaria.
Dentro da cabana Greta despertava sentindo-se bem, como se um sonho tranquilo e de paz tivesse tomado conta de sua noite, guardou a foto de Isadora, ajeitou o cabelo e saiu da cabana e viu Flynn tentando pescar, ela decidiu não se aproximar e simplesmente sentou-se em um tronco que havia proximo da cabana, seus pensamentos estavam em outro lugar e muitos deles entravam em conflito, amar Isadora e ser responsavel pela tarefa que seu pai havia designado. no mesmo instante ela ouviu passos. Era Isadora.
- Hey, você veio! - Suspirou Greta sorrindo
- Eu disse que viria, aqui estou - se aproximou Isadora, sentando-se ao seu lado e dando-lhe um beijo suave.
- Você encontrou? - Disparou Greta
- Não! Não está em casa, meu pai deve ter colocado em outro lugar - respondeu Isadora
Greta não esconde a decepção e começa a pensar se deveria ter confiado em Isadora, aperta os dentes, olha pra Flynn e logo para Isadora
- Hey, não fica assim, vamos encontrar, mas antes você tem que me falar pra que precisa desse tal calice
Isadora a encara e logo observa Flynn
- Quem é esse?
- Flynn, ele veio logo depois que eu cheguei pra me ajudar, simplesmente achou que eu precisava de ajuda, acho que você não vai se lembrar dele, ele estava comigo em Londres, quando nos conhecemos
Isadora simplesmente observa sem esconder os ciumes, apenas fecha a cara e volta a questionar sobre o calice.
- Ok, lembrei! Mas enfim, quero saber o motivo de você estar aqui, não é apenas um simples calice, tem alguma coisa nele que você não quer me dizer.
Greta sorri, e segura as mãos de Isadora
- Não sei, apenas pediram que eu o levasse pra casa, quer dizer pra casa dele que não é aqui e sim na Escocia.
Nesse meio termo uma força extraordinaria partiu o gelo onde Flynn pescava simplesmente o jogando pra tras, era uma enorme Hidra, sem muito saber o que fazer Flynn se afastou e ela se aproximava partindo o gelo com suas enormes mandibulas, cada uma de suas cabeças partia o gelo e avançava até a terra. Greta e Isadora foram até o lago rapidamente com suas varinhas, Greta não pensou duas vezes e gritou :
-Crepitus!
Uma explosão fez com que ela retrocedesse um pouco, mas não o suficiente, apenas fazendo com que sua ira fosse maior. Flynn se levanta e começa a fazer o mesmo. Isadora apenas observa, pega sua varinha
- Obstupefacio!
E a hidra simplesmente congelou, como um concreto. Isadora olhou para Greta e disse
- Para estar aqui, devem conhecer o lago e mais do que isso, saber que não se deve lutar contra uma Hidra, simplesmente congela-la.
Greta abraça fortemente Isadora
- Obrigada! - Greta dizia agradecida, enquanto FLynn apenas tirava a neve de sua roupa sem encarar-la entra na cabana.
- O que passa com ele?
Perguntou Isadora
- Não importa, o importante é que você o salvou. Obrigada.
Greta puxa Isadora para perto dela e continua
- Vamos comigo pra Escocia, independente se conseguimos ou não esse calice, talvez a razão dessa missão não era o tal do calice e sim encontrar você.
Isadora sorri um pouco sem jeito
- Não posso ir com você, ja imaginou se meu pai sabe que estou aqui com você? Pior que isso, ja imaginou o que ele faria se soubesse que fui com você pra la?
- Espera aqui, não vai embora
Greta entra na cabana atras de Flynn
- Você pelo menos poderia ter agradecido.
Flynn agradece ironicamente
- Obrigado. - Ele continua juntando suas coisas, talvez aquilo tudo fosse demais pra ele, o melhor que poderia fazer é voltar pra Escocia.
- Onde você vai?
- Vou voltar, acho que vocês estao melhor sem mim, depois dessa demonstração lá fora acho que de todas as maneiras estâo melhor sem mim
- Não vá embora. - DIsse Greta, com uma expressão triste segura a mão de Flynn.
- Por Favor Flynn,
Flynn respira fundo, solta a mão de Greta e termina
- Não tenho como. Adeus e boa sorte.
Flynn deixa a cabana e simplesmente sai caminhando pela floresta. Greta vai ate a porta da cabana e o vê sumir entre as arvores
- Isadora, entra aqui!
Isadora entrou na cabana com Greta, logo Greta começou a chorar abraçando-a.
Edimburgo 1988
O conselho aguardava Fraser, que estava atrasado naquele momento, Sinclair simplesmente se levantou e foi até a frente e começou
- Carissimos amigos, nesse momento dou inicio ao conselho, Fraser deve estar ocupado nesse momento, assim que retorne assumira a sessão.
Antes mesmo de continuar, Donald perguntou
- Sabemos da gravidade da situação, Fraser enviou Greta para recuperar o calice, mas a que custo? Dimitri jamais o deixaria em fácil acesso. Ela precisa mais do que força e determinação para encontra-lo, mas o que nós realmente queremos saber é - respirou por um momento e continuou - Por que Fraser quer esse calice?
Sinclair não sabia responder, apenas o acalmou
- Donald, eu estou certo de que
A porta se abriu interrompendo Sinclair, era Fraser entrando no sala.
- Por favor, deixe-me ajuda-lo a responder essa pergunta meu excelentissimo amigo Sinclair. Esse calice, ou como você queira chama-lo foi amaldiçoado pelo Lord Jinx. O qual não sabemos ainda o tipo de feitiço que ele contem, por isso em mãos erradas causaria um grande problema a nossa sociedade.
Todos o olhavam assombrados e Donald continua com muito mais propriedade
- Greta! Você eviou sua filha para essa missão onde claramente deveria ter enviado alguém mais preparado.
Fraser rola os olhos e responde
- Eu sei o porque a enviei, sei que tudo está feito, sei que ela era a pessoa indicada e agora vamos falar de algo que é mais importante. Precisamos enviar alguém para Londres hoje mesmo, o unico portal disponivel está lá e sei que Flynn esta retornando e não quero que ele volte sozinho.
Sinclair o encara com raiva
- Flynn! O que meu filho faz lá? Você o enviou? Fraser!
Fraser o interrompe e continua falando tranquilamente
- Flynn é um jovem muito esperto e de bom coração, ele foi por conta propria, porque pensou que seria arriscado demais deixar que sua amiga fosse sozinha, mas eu sei que ele já cumpriu sua missão e esta retornando, por isso preciso de alguem em Londres para ajuda-lo no portal.
De volta a Russia, Greta sabia que o que estava vivendo ali com Isadora era algo que não podia acontecer. De todas as maneiras os momentos que estavam compartilhando valeria qualquer coisa que viesse a acontecer com ela. O tão esperado reencontro demorou muito mas ambas estavam ali, apenas trocando caricias e perdidas no tempo, quando Greta simplesmente olha para fora e ve que ja esta de noite, ela volta coloca mais alguns gravetos na fogueira e olha para Isadora.
- precisamos sair daqui, precisamos comer, precisamos de muitas coisas
Isadora sorrindo a puxa novamente para seus braços
- Com você eu não preciso de nada mais
Greta se derrete e a beija apaixonadamente, logo a olha nos olhos.
-Preciso que me ajude Isadora, se não for assim, volta comigo! Agora, já passei tempo demais aqui, seu pai ja deve estar preocupado com você
Isadora a olha com tristeza.
- Não posso, não posso - Simplemente Isadora se levante, pega suas coisas e sai da cabana, Greta a segue
- onde você vai? - pergunta Greta
- Pra casa, aqui é meu lugar e o seu é na Escocia, não quero que nada de ruim aconteça com você, melhor você ir
Greta sem entender começa a chorar e segura Isadora
- não vá, eu te amo e eu sei que você também me ama
Isadora segura a mão de Greta e termina
- Desculpa ter que te dizer isso, mas você precisa entender que só o amor não basta. Só o amor não é suficiente Greta, talvez isso não faça sentido pra você agora, mas guarde isso com você, é o melhor que faz em sua vida
Simplesmente Isadora a deixa e caminha entre as arvores, desaparecendo na floresta. Greta se ajoelha na neve, chorando, como se seu coração estivesse em suas mãos e ela não pudesse mais coloca-lo novamente em seu devido lugar, a neve caia e ela sentia que até suas lagrimas se congelavam. Ela se arrastou pela neve, deitando sobre o chão frio. Greta simplesmente se congelava, mas de todas as maneiras possiveis. E ali permaneceu por alguns minutos, e uma camada de neve ja estava engolindo seu corpo quando sentiu que alguem a carregava para dentro da cabana, ainda sem reação ela só via o fogo aceso, e suas lagrimas que rolavam , em silencio ela estava. Greta fechou seus olhos e respirou fundo, não queria abrir-los porque aquilo podia ser um sonho ruim apenas, mas uma voz fez com que ela reagisse
- Greta, o que aconteceu com você? - Disse Flynn
Greta simplesmente o abraçou fortemente sem perguntar nada, apenas o abraçava. Flynn não sabia o que havia acontecido, apenas sentiu que não deveria deixa-la sozinha ocm Isadora, e seus instintos estavam certos, ele voltou a tempo para coloca-la pra dentro e aquece-la porque a neve estava imperdoavel.
- Greta, olha pra mim, - Flynn levantou seu rosto e secou suas lagrimas que pareciam torrentes
- Isadora se foi - desaba Greta
FLynn a abraça uma vez mais e simplesmente deixa de perguntar qualquer coisa e apoia sua amiga, sabia que era a mesma sensação que ele havia sentido quando ela declarou seu amor a Isadora, mas talvez Greta não soubesse que quem ama cuida. E ali estava ele, mesmo de coração partido estava cuidadando dela.
Edimburgo, 2007
Quase nunca fazia sol em Edimburgo, o pouco que fazia era suficiente para que todos da cidade saissem para as ruas, inclusive tentar aproveitar a praia, o que era algo de grande valor ja que literalmente tudo se embolorava.
- Acorda! está na hora! - Disse Greta tirando a cobertor de Nina
Com pessimo humor Nina abre os olhos apenas
- Mãe, está muito cedo, me chama daqui 1 hora.
Greta abre as janelas e deixa o quarto, descendo para tomar cafe da manhã. Flynn lendo o jornal diario e tomando um cafe preto.
- Ela vai descer? - Pergunta Flynn
Greta começa a rir e responde
- Não! E não sei a quem puxou, você levanta com as galinhas!
Flynn sorri e toma mais um gole de café enquanto Greta se senta a mesa.
- Você acha que é uma boa ideia manda-la a Londres? - Pergunta Flynn
- Essa viagem é um classico, ela vai completar 18 anos, precisa ir, precisa conhecer as coisas e nessas viagens nada de ruim pode acontecer - adiciona Greta
Flynn concorda com a cabeça sem dizer nada, apenas tomando o café
- Sei que você quer perguntar alguma coisa, então pergunta logo - DIsse Greta
- Eu sei que não deveria perguntar, mas talvez seja a hora. Nina nunca se interessou por nenhum rapaz na escola, bailes, eventos, nada, simplesmente é como se não existissem, e eu não sei qual a probabilidade de
- nem continue, porque sei onde essa historia vai! - Interrompeu Greta e continuou - Você teve 18 anos pra me peguntar e nunca o fez, agora que nossa filha vai pra Londres você tem medo que ela seja igual a mim. Talvez o que aconteceu no passado tenha sido uma fase, tenha sido um erro, tenha sido tudo, não sei o que foi, só não foi, estamos casados, e independente do que aconteça com ela, estaremos aqui.
FLynn se cala e volta a tomar o café. Greta fecha os olhos por alguns momentos e tenta se lembrar o que aconteceu com ela na ultima vez que esteve na Russia, talvez como forma de proteção sua mente não a deixava ver claramente, mas independente de qualquer coisa ela nunca esqueceu o que sentia por Isadora.
Nina desce as escadas se aproximando da mesa e acabando com o silencio
- Alguem morreu? - Perguntou Nina, sorrindo e se sentando a mesa
- Ninguém, apenas estavamos pensando em sua viagem - respondeu FLynn.
Nina toma um gole de suco de laranja e olha para seu celular para ver a hora. Greta sorri e pergunta:
- Esta nervosa?
Nina sorri um pouco agitada
- Na verdade estou, afinal .. é a primeira vez que saio da Escocia!
Greta pega uma xicara de café que estava proximo a ela e toma um gole, Flynn apenas escuta a conversa, fingindo que esta lendo o jornal.
- Você deve tomar cuidado, apenas isso.
Flynn complementa
- Por favor, filha. Não vá a qualquer Pub barato e nem pense em sair de Londres.
Nina sorri e olha para Greta
- Eu não tinha pensado nisso, mas agora que mencionou - Nina começa a rir
Greta sorri junto com a filha, enquanto Flynn fecha a cara ficando ainda mais preocupado.
Apos o cafe da manha, Nina termina de fazer sua mala, enquanto Greta e Flynn a esperam para leva-la até a estação de trem.
- Acho que eu deveria ir, pelo menos espiar de longe
Greta um pouco irritada responde rispidamente
- O que você acha que vai acontecer? Por favor, chega desse assunto!
Nina aparece interrompendo a conversa
- Estou pronta!
Sorrindo, Greta a abraça e caminham até o carro. Nina coloca seu fone de ouvido e o carro permanece em silencio. Greta respira fundo, olhando a cidade. Flynn não estava de conversa, apenas olhava para ela disfarçadamente. Greta cochila por alguns instantes, nesse momento começa a fazer uma viagem, como se fosse um flash, onde ela lembra o momento que tirou a foto de Isadora do album de Dimitri, logo acorda com a respiração ofegante.
- Aconteceu alguma coisa? - Perguntou Flynn preocupado
- Nada, não foi nada - Greta engole seco e volta a olhar a estrada. Ainda pensativa tentou colocar seus pensamentos em Isadora, tentando entender o motivo da sua vida ter tomado o rumo que tomou. Não entendia a razão de não lembrar nada e depois de quase 20 anos esse flash aparecer e revivier algo em seu coração.
Chegando na estação, Flynn carregou a mochila de Nina e mãe e filha andavam na frente
- Mãe, como foi sua viagem a Londres?
Greta sorri de canto de boca
- Foi tranquila, fui com seu pai, na epoca eramos apenas amigos, mas nos divertimos muito!
Nina ainda não satisfeita com a resposta continuou
- Não conheceu ningume interessante la?
Greta sorri e Flynn aperta o passo para entrar na conversa.
- Ela conheceu um tipo, não era dos melhores, na verdade não era nada bom, mas ainda bem que ela tinha cabeça e fez a escolha correta!
Flynn sorrindo continua caminhando. Greta sorri e não diz nada, afinal, não havia muito o que dizer.
Avistam a plataforma e vão até ela, Nina pega suas coisas, abraça fortemente seus pais e sobre no trem, Greta e Flynn simplesmente ficam ali, esperando o trem partir.
Após a partida, Greta olha para Flynn.
- Sei que não é justo perguntar, mas quero saber o que aconteceu quando fomos pra Russia, tive um flash agora de pouco como algo que eu tinha e não tenho mais, uma foto pra ser mais exata
Flynn disfarça o olhar e continua andando.
- Pode me responder?
FLynn respira fundo e olha nos olhos de Greta
- Não sei se quero mexer nisso, faz tantos anos que não vale a pena.
- Flynn, é uma parte de mim, do meu passado, eu sei o que acontceu comigo até irmos pra Russa, depois não mais, não entendo o porque minha conexão com Isadora foi quebrada, o que eu sei é que ela voltou e preciso de ajuda
Flynn com raiva gesticula e sobe o tom de voz
- Eu não quero saber de Isadora, não quero saber de nada, você escolheu estar comigo e assim deve ser!
Greta sem entender se aproxima e pergunta
- O que exatamente você sabe sobre ela?
Flynn suspira
- o suficiente para te pedir que não volte nesse assunto, ou melhor, não pense sobre, porque não adianta você não falar se vai passar todos os dias pensando a respeito.
Greta se cala e decide não perguntar mais, simplesmente andar ao seu lado em direção ao carro.
No trem Nina se sentia extremamente empolgada, estava em uma cabine que já havia outra pessoa que no momento não estava lá, simplesmente se aproximou da janela e começou a olhar a paisagem, ainda ouvindo musica, contando os segundos para chegar em Londres. Naquele instante a porta cabine se abriu, entrou uma outra garota, cabelos castanhos claros bagunçados, olhos castanhos, com cara de sabe tudo, simplesmente sentou-se e abriu um livro, sem ao menos cumprimenta-la
Nina simplesmente tirou o fone e se apresentou
- Oi, sou Nina
A garota levantou os olhos de sua leitura e respondeu
- Oi, sou Demetria
Nina sorriu e colocou novamente seu fone e Demetria continuou sua leitura. Uma hora depois, Nina voltou a tirar o fone puxando assunto
- Você vai ficar onde em Londres?
Demetria fecha o livro, apoiando em sua perna.
- THe Mandeville
Nina surpresa e animada continua
- Eu também!
Demetria sorri um pouco timida. Nina continua
- Eu sei que você deve estar se perguntando porque eu não paro de falar e não deixo você ler, mas é que estou tão feliz por estar indo pra Londres, conhecer pessoas, coisas enfim, mas me diz uma coisa, como que nunca te vi em Edimburgo?
Demetria sorri, e responde
- Bom, mesmo sem parecer eu fui ao colegio, mas não estava em sua turma, mas estava lá, não sou muito de sair, talvez seja isso
Demetria sorri e acaricia a capa do seu livro. Nina fica sem graça de continuar o turbilhão de perguntas e olha pra janela, ainda sem colocar os fones.
- Bom, se vamos ficar no mesmo hotel, seria legal a gente sair pra algum Pub, pelo menos a gente se conhece e não vamos chegar lá sozinhas - completou Demetria
Nina sorri e animadamente diz
- Sim! Era isso que queria te propor!
O trem segue seu caminho e a primeira parada é em Carlisle. Nina super cansada mas sem pregar os olhos começa a tomar café, Demetria cochila por alguns instante e Nina a observa apenas, tomando lentamente seu café. Ainda faltavam tres horas e meia para chegar em Londres. Nina tentou pegar o livro que estava escorregando das mãos de Demetria, se aproximou e com cuidado retirou o livro. Ela lia Persuasão, de Jane Austen. Não era um livro que Nina havia lido, então ja tinha uma tarefa, ler o livro enquanto Demetria dormia. Nina começou sua leitura, aparentemente um pouco monotona, mas seguiu lendo, pois sabia que iria ficar bom em algum momento. Uma hora e meia se passou e Demetria abriu os olhos e viu que Nina estava lendo seu livro
- Hey, você não me pediu! - Disse Demetria levantando e sentando-se
- Desculpa, é que você estava dormindo e o livro caiu, senti curisidade
Nina sorri devolvendo o livro a ela
- Você ja terminou? - Perguntou Nina
Demetria sorri
- É a quarta vez que estou lendo, é meu favorito!
Nina continua
- Eu não cheguei na parte "boa" ainda, mas você pode me dizer mais ou menos do que se trata?
Demetria sorri e responde
- Em resumo, um amor que não funcionou no passado e depois de 8 anos eles voltam a se encontrar. - Sorri Demetria
Nina sorri e complementa
- Bom, eu entendo que é um romance e a epoca que foi escrito, mas não entendo o porque as pessoas simplesmente não vão atras do que querem, mas enfim, gostaria que você me emprestasse, quero terminar de ler, afinal, quero ver o que vai acontecer de fato com Anne!
De volta em Edimburgo, Fraser vai até a casa de Greta
- Pai! Que surpresa agradavel, entre por favor!
Fraser entra e se senta, enquanto Greta vai até a cozinha pegar um chá.
- Deixamos Nina na estação hoje, ela estava super animada com a viagem - Disse Greta voltando com as xicaras.
- Que maravilha! Fico feliz que esteja animada. COmo esta Flynn?
Greta fecha um pouco a cara e se senta, toma um gole de chá e responde
- Bom, ele não esta nada feliz, talvez por algo do nosso passado, mas ele foi ao ministerio, acredito que em uma hora mais ele esta de volta.
Fraser toma um gole de cha e observa Greta
- Minha filha, o que há de errado?
- Nada! - Responde rapidamente Greta
- Acho que essa resposta pode convencer seu marido, mas não vai convencer seu pai
Fraser volta a tomar mais um gole de cha e Greta desaba em lagrimas
- Eu não sei o que acontece comigo, eu sei que eu não deveria ter casado com FLynn, ele sempre foi meu amigo, mas não sei o que aconteceu, desde que voltamos da Russia todos dizem que nos apixonamos lá e que decidimos ficar juntos, mas eu não encaixo isso em meus pensamentos, o unico que vem a minha cabeça é uma foto, e essa foto não é de FLynn.
Fraser sem nenhuma surpresa continua
- Isadora!
Greta envergonhada fica em silencio e olha para os olhos de seu pai
- Isadora ...
Fraser sorri e apoia a xicara na mesinha do canto.
- Minha doce Greta, a quase 20 anos eu te mandei em uma missão na Russia para recuperar o Calice de Jinx, até esse ponto você lembra, acredito eu
- SIm, - interrompe Greta
- Então, esse calice estava na casa de Dimitri, pai de Isadora.
Greta em silencio começa a ouvir seu pai, tentando encaixar os acontecimentos.
- Logo depois, não tive mais noticias suas, sei que Flynn foi com você para ajudar, vocês retornaram, alguns dias depois, você estava triste, acredito que viu algo que não te fez bem, FLynn nos contou que depois que foi revistar a casa de Dimitri você voltou estranha, mas tem um ponto que eu mesmo não entendo - Reflexionou
- O que? o que não entende? - Greta perguntava ansiosa.
- Flynn ia voltar para cá, e nos enviou uma mensagem, mas no fim, não voltou
- Como não voltou? - Indagou Greta
- Não voltou, na verdade voltou, mas com você!
Greta não sabia o que dizer ou fazer, simplesmente começou a andar de um lado para o outro.
- Não fique assim minha filha, as vezes as respostas simplesmente nos encontram, quanto mais procuramos, mais longe elas vão.
Greta se senta, toma um gole de chá e simplesmente volta a se perder em seus pensamentos. Enquanto Fraser simplesmente a observa.
Enquanto isso, quase chegando a estação de Euston, Nina extremamente cansada ja começa a pegar as coisas.
- Você deveria ter dormido um pouco, está super cansada, como vai fazer pra sair?
Perguntou Demetria, também arrumando suas coisas
- Não importa, a gente da um jeito - respondeu Nina sorrindo.
O trem finalmente chega, todos parecem extremamente animados, Nina revisa o mapa e o entrega a Demetria.
- Teho certeza que vai entender melhor do que eu
Demetria sorri e pega o mapa, olha um pouco e ja decide a rota que vão fazer
- Bom, vamos descer aqui mesmo no metro, de Victoria vamos a Oxford Circus e de acordo com o mapa em 5 quadras estaremos la.
Nina sorri e confia em Demetria e juntas seguem o percurso traçado por Demetria até o Hotel.
Chegando no Hotel Nina simplesmente se apaixona pela arquitetura do Hotel. Começa a observar cada detalhe, ja na recepção encantanda com o carrinho vermelho no meio do saguão do hotel.
- Esse hotel é muito lindo! - Exclama Nina
Demetria sorri e ambas se aproximam para fazer o check in.
- Demetria Lamont e ...- Demetria para um momento e chama Nina para fazer o check in
- Nina, vem por favor.
Nina se aproxima sorrindo
- Desculpa, mas ... seu nome é realmente Nina? - Demetria sorri um pouco envergonhada
Nina sorri e dispara
- Nina F. Grant!
Demetria sorri. O recepcionista confere no computador e entrega as duas chaves
-Senhorita Lamont na suite 225 e senhorita Grant 226. Tenham uma otima estadia
Demetria pegou as chaves, entregou a Nina e ambas foram até o elevador.
- Engraçado isso, talvez nossos pais fizeram a reserva no mesmo dia - Disse Demetria
- Eu tive uma idea! Exclamou Nina.
-E se cancelamos uma reserva, ficamos no mesmo quarto e com esse dinheiro vamos a Paris? - Disse Nina radiante!
Demetria ficou um pouco pensativa, mas achou que a ideia seria interessante!
- OK! - Concordou Demetria.
- Ficamos no seu quarto, e eu vou até a recepção trocar o meu! - disse Nina.
Demetria saiu do elevador e Nina voltou a recepção. Chegando na porta do quarto, deixou as malas no chão abriu a porta e se deparou um quarto encantador, mas com um problema, havia apenas uma cama. Demetria entrou, deixou as coisas pelo chão e deitou, olhou para o teto e ficou pensando como seriam suas ferias com uma estranha que ja não era tão estranha assim.
Na recepção Nina volta com a chave e a coloca no balcão.
- Por favor, eu quero cancelar minha reserva.
O recepcionista logo pergunta
- Aconteceu alguma coisa? Algum problema com sua suite?
- Não, apenas que decidi ficar na 225 então não acho necessario ter a 226.
O recepcionista começa a digitar em seu computador e Nina aguarda.
- Bom, como você chegou a fazer o check-in o que podemos fazer é devolver 85% do valor, mas isso omo faremos, faço a devolução no cartão de credito ou em dinheiro?
-Definitivamente em dinheiro! - Respondeu Nina!
O recepcionista cancela a reserva e paga em torno de 1.500 libras a Nina. Ela rapidamente volta ao elevador em direção a suite 225.
Já em Edimburgo, Fraser ja havia ido embora, Greta estava aguardando ansiosamente a chegada de FLynn. Minutos depois, Flynn abre a porta e se depara com greta sentada em frente a lareira com uma chicara de cha.
- Passou o dia todo aí? - Indagou Flynn
- Na verdade estava esperando você chegar - respondeu Greta um pouco fria.
- O dia hoje foi complicado no Ministerio, estamos com alguns agitadores e ... - Flynn não continua pois percebe que Greta esta em outro lugar. Se aproxima e pergunta
- Aconteceu alguma coisa?
- Sim, na verdade aconteceram muitas coisas - responde Greta
Flynn se senta e Greta continua
- Hoje meu pai esteve aqui e me contou algo que eu não sabia, me contou que em nossa viagem a Russia você mandou um alerta que iria voltar sozinho, logo depois, voltou comigo. Por que não paramos com essas histórias, mentiras, e não me conta o que realmente aconteceu?
FLynn perde a fala, apenas a observa, suas mãos começam a suar, mas ele sabe que não havia outra maneira.
- Greta, vocês se encontraram - respirou fundo ao temrinar sua frase
- Me encontrei com quem? - Greta agitada com a resposta
- Isadora!
Greta fica imovel, lagrimas começam a cair de seus olhos. Greta não sabe o que dizer, apenas sente raiva e tristeza, um misto de sentimentos faz com que ela apenas olhe para Flynn, talvez com raiva, talvez com indignação, mas também ao mesmo curiosa.
- Por que você não me disse isso? Por que? - Perguntava greta subindo o tom de voz
- Greta, eu não sei exatamente o que aconteceu entre vocês, mas aconteceu algo, você decidiu ficar com ela aquele dia e eu fui embora, mas no meio do caminho eu sabia que não deveria ter feito o que fiz, voltei, o mais rapido que pude e quando voltei você estava no chão, palida, coberta de neve, eu entrei em panico e te levei pra dentro, você precisava de ajuda.
Greta ouve o que ele dizia mas algo dentro dela não estava certo se deveria acreditar ou não, mas já era algo o que ele havia dito e talvez fizesse sentido, ainda muito confusa Greta continuou
- Você não me perguntou o que aconteceu?
Flynn ironicamente sorri
- E precisava? Era obvio que ela te deixou, e você estava completamente transtornada e não falava comigo, apenas chorava e chorava.
Greta respira fundo e se aproxima de Flynn.
- Talvez eu nunca mais lembre o que passou, mas oque tem dentro de mim é real, verdadeiro. Você sempre soube que eu não te amaria como mulher, mas que sim te amo como amiga e isso te bastou,
Flynn fecha a cara e rebate
- Olha Greta, eu posso ter defeitos, sei que você foi, é e sempre sera apaixonada por essa Isadora, mas temos uma vida, temos uma filha, temos que pensar no que temos hoje, talvez não era pra ser, tanto não era que não foi. Eu voltei e você estava congelada, que tipo de amor é esse? Ela te deixou ali, simplesmente isso!
Greta começa a chorar sem parar, sem saber o que dizer, o que pensar. Flynn a abraça e tenta acalma-la.
- Pense em Nina, ela é o mais importante nas nossas vidas, apenas isso.
Greta ouve suas palavras e chora ainda mais, se afasta de Flynn e sobe para seu quarto. Flynn preocupado se senta, coloca as maos na cabeça tentando entender a razão de tudo, se simplesmente o feitiço que ele usou para apagar a memoria recente dele havia funcionado, porém algo aconteceu e esse feitiço estava sendo dissolvido por algumas memorias.
Ja em Londres, Nina abre a porta extremamente feliz!
- Temos 1.500 libras pra Paris! - Sorrindo entra e deita na cama ao lado de Demetria
- Podemos ir no final de semana!
Demetria sorri e continua
- Você tinha planejado Paris?
- Na verdade não, mas meu pai deu a ideia - responde Nina
Demetria sorri, e começa a tirar as coisas da mala. Nina simplesmente a observa
- Você tem alguma coisa que eu gosto, não sei, talvez empatia, ou pelo simplesmente fato de ser uma pessoa que fui com a cara de primeira! - Nina comenta
-Não sei se sou tão boa com as palavras como você nesse momento, mas também tem alguma coisa em você que me agrada - completou Demetria
- Hoje vamos onde? - Perguntou Nina
- Eu quereo muito ir a Westminster, por razões obvias, entre outros lugares que Jane utiliza em seus livros.
- Não, eu estou perguntando de pubs, bares, essas coisas
- Não sei, não pensei em nenhum.
- Eu tenho uma ideia, vamos no WHite Hart! - disse Nina!
- Posso perguntar a razão?
- Meus pais foram nesse Pub, quando estiveram aqui, e pelo o que sei ou o que escuto, minha mãe se apaixonou por ele quando estiveram lá.
Demetria sorri e concorda
- Ok, vamos no White Hart!
Depois de algumas horas, Demetria e Nina se arrumaram e foram em direção ao White Hart, Nina se sentia muito animada em conhecer o Pub, Demetria não era de beber, talvez estivesse feliz em ter uma companhia de viagem, mas a acompanhou do mesmo jeito. TOmaram o metro e foram. Nina se sentiu emocionada ao entrar em White Hart, ambas se sentaram e pediram cerveja, Nina confiante se adiantou e pediu Gin tonica.
- Eu não entendo porque as pessoas gostam disso, é horrivel! - indagou Demetria
- Não é pelo gosto, é pela sensação! - completou Nina
Ambas brindaram e começaram a beber. Primeiro cerveja, depois Gin, depois cerveja, atpe um ponto em que ambas ja estavam cantando e dançando com as pessoas ao redor, com o minimo de noção que ainda restava Demetria puxou Nina pra um lado
- Precisamos ir, eu ja não sei nem mais quem sou - Disse Demetria
- Vamos de metro ou de taxi - perguntou Nina
- Qualquer coisa! - Respondeu demetria puxando-a para fora do Pub.
Com dificuldade para ficar em pe foram andando até o metro, definitivamente era impossivel saber quem estava pior, mas estavam extremamente felizes. Chegaram no hotel e com ajuda entraram no elevador, ainda fazendo muito barulho e cantando, como se a noite não tivesse fim, Demetria abriu a porta e nina foi direto pra cama.
-Hey, você vai dormir comigo, vai tomar banho, eu tambem vou! estamos passadas a alcool. - disse Demetria levando-a para o banheiro
Nina caminhou até o banheiro e parou na porta, enquanto Demetria ligava o chuveiro. Demetria se aproximou de Nina para ajuda-la quando sem pensar muito Nina a puxa pra perto e a beija. Demetria se afasta, respirando ofegante sem dizer nada. Qualquer grau alcoolico que ela estivesse naquele momento tudo havia passado, e ela não sabia o que fazer. Nina ainda sem dizer nada fixa seu olhar nos labios de Demetria e se aproxima outra vez, puxando-a pela cintura e a beijando novamente, só que dessa vez Demetria estava retribuindo. As mãos de Nina subiam pelas costas de Demetria trazendo-a mais perto ainda, aos poucos Nina a empurrava pra dentro do chuveiro. Demetria arrumava o cabelo de Nina e a beijava apaixonadamente enquanto Nina aos poucos tirava a roupa de Demetria, beijava seu pescoço, ombros, como se ela soubesse fazer aquilo, algo que nunca havia feito, o desejo simplesmente a levava. Naquela noite ambas tiveram uma noite torrida de sexo, passando do chuveiro para a cama, da cama para o chão, até que cairam em sono profundo. Na manhã seguinte, o quarto todo bagunçado, Nina abre os olhos primeiro, percebe que estava nua no chão com Demetria que ainda dormia. Nina olha para o teto, olha para Demetria mais não diz nada, simplesmente não sabe o que fazer, não sabe o que fez e não sabia se deveria acordar Demetria.
Depois de alguns minutos Demetria abre os olhos e olha para Nina, seu rosto estava ruborizado, pois nenhuma das duas sabia explicar ou simplemente dizer o que havia acontecido. Nina começa a rir, sem parar e Demetria cai na gargalhada tambem. Nina a observa
- Uma hora vamos ter que falar sobre isso e melhor que seja agora - disse Nina, ainda rindo
Demetria concorda com a cabeça sem dizer nada.
- Eu não sei por que passou, mas eu quero que passe outra vez! - completou nina
Demetria sem responder nada se aproxima de nina a a beija, delicadamente. Nina corre suas mãos pelo corpo de demetria levando-as para o prazer uma vez mais, só que dessa vez com extrema consciencia. Assim que terminaram, Nina pergunta
- VOcê tem fome? Eu estou morrendo! - Nina começa a sorrir e se levanta.
- Estou morrendo - responde Demetria
Demetria se levanta e vai até o chuveiro tomar banho. Nina liga para o serviço de quarto, ja que perderam o horario do café da manha e ja eram 16h da tarde. Apos pedir café da manhã Nina vai ate o banheiro, para na porta do chuveiro e Demetria sorri
- EU não sei o que te dizer - demetria se adianta, um pouco timida
Nina sorri e continua.
- Não precisa dizer, talvez seja o destino que quis assim, não?
Demetria puxa Nina pra dentro do chuveiro e continua
- Achei que jamais viveria um romance de Jane Austen! - Demetria começa a rir enquanto NIna a beija delicadamente.
- Só espero que nao seja Persuasão! - Nina completa sorrindo!
As duas começam a rir e NIna começa a falar uma vez mais
- Eu não sei quão errado isso é, ou qual o tipo de reação meus pais teriam se soubesse disso, mas sabe ... eu não me importo, você colocou algum tipo de feitiço em mim, certeza
Nina sorrindo e jogando agua em demetria
- Como se isso fosse necessario, - respondeu demetria, sorrindo confiante
Depois de tomarem banho, foram tomar o café da manha que tinha mais cara de jantar do que propriamente café.
- Teoricamente estamos no segundo dia, talvez devessemos ir agora para Paris, pelo menos ficar umas duas noites lá, o que acha? -perguntou Nina
- Pode ser, vamos de trem ou avião?
- Avião, porque de trem perderiamos umas 7h pelo menos.
Ambas terminaram o café, arrumaram uma mochila pequena e quando estavam se preparando pra sair, Nina trancou a porta, guardou a chave e segurou a mão de Demetria, sorriu e ambas foram até o elevador.
- Acho que você deve se acostumar com isso - disse nina
Demetria sorri envergonhada
- É novidade pra mim, - responde, mas sem soltar a mão de Nina.
ELas se aproximam da recepção e nina pede um transfer para o aeropoorto e explica que vão passar dois dias em Paris, logo retornariam. Enquanto aguardavam o transfer sentadas no saguão do hotel, demetria apoiou a cabeça no ombro de Nina e pegou seu livro, Nina sorriu e começou a acompanhar a leitura por cima apenas.
Depois de uns 30 minutos o transfer chegou, e foram diretamente para o aeroporto.
De volta a Escocia, depois de da turbulenta conversa que tiveram, as coisas simplesmente estavam calmas, não havia dialogo, não havia nada, Greta simplesmente estava muda, apenas pensando em tudo o que havia acontecido. Flynn sabia que não tinha o que fazer naquele momento e simplesmente decidiu ligar para o hotel, par saber se estava tudo bem com Nina.
- Por favor, senhorita Grant. - perguntou Flynn
- Um momento por favor ...
Depois de alguns instantes o recepcionista responde
- A senhorita Grant não está, melhor ligar dentro de 2 dias.
Flynn ja nervoso continua
- COmo assim? Eu soy Flynn Grant, eu fiz a reserva, ela é minha filha, como assim ela não esta?
O recepcionista sentindo a furia de Flynn responde
- Não posso dar informações de nossos hospedes, mas nesse caso ela deixou avisado que ia para Paris e estara aqui em 2 dias mais, senhor
Flynn a ponto de soltar uns bons palavroes, respira fundo e continua a conversar com o recepcionista
- Ela foi sozinha?
- Ela foi com a colega de quarto dela.
FLynn se senta, respira fundo e altera o tom de voz
- Por favor, como assim? eu paguei uma suite individual para minha filha, quero falar agora com seu gerente!
O recepcionista nervoso com a situação chama o gerente para atender Flynn
- Senhor Grant, aqui é Thomas Finne gerente do hotel, em que posso ajudar
- QUero saber o que aconteceu com o quarto de Nina F. Grant. SOu o pai dela
- Um momento por favor.
Após se interar do acontecido, o gerente do hotel responde
- Senhor Grant, a senhorita Grant chegou em nosso hotel, fez o check in e logo voltou para cancelar sua hospedagem, porque aqui no sistema tem um cancelamento e devolução do dinheiro.
- como assim? como assim? Onde esta ela? - Flynn pergunta aflito
- Ela pediu para ficar na suite 225 e cancelou a 226. - responde Thomas.
Flynn desliga o telefone sobe fervendo até quarto onde esta Greta, escancara a porta e grita
- Vamos a Londres! Agora!
Greta o olha tirar as coisas do armario e pergunta
- O que aconteceu?
- Nina! Nina aconteceu, ela cancelou a reserva, foi pro quarto com uma colega e foi a paris por dois dias, dois dias! Estou vendo esse filme ... vamos pra la agora!
Greta se levanta e impede Flynn de colocar as coisas na mala
- Não vamos! Ela decidiu assim, assim será
Flynn a olha com decepção e raiva
- É assim que você cuida da nossa filha? Deixando que ela vá para paris com uma total desconhecida? Nessas horas, talvez não seja uma desconhecida
Greta com raiva arremessa longe a mala e empurra Flynn contra o armario
- Chega! Estou cansada de ouvir você falar assim da nossa filha, porque na verdade esta falando e fazendo tudo isso pra jogar na minha cara o que aconteceu entre Isadora e eu em Londres e Paris!
Flynn se cala e apenas a observa. Greta continua
- Eu não quero julgamentos, nosso casamento esta por um fio, o minimo que quero é impedir que minha filha seja feliz, assim como fizeram comigo, porque ainda não acredito na historia que me contou, se ela também é como eu, que seja feliz e que nada e ninguem faça com que ela sofra ou seja infeliz em um casamento de fachada!
Flynn sente seu coração partir uma vez mais, enquanto escuta Greta descer pelas escadas. Greta pega as chaves do carro e vai direto para casa de seu pai, deixando Flynn para tras.
Nina e Demetria chegam a Paris, ja estava tarde, mas isso não as impediu de tomar um taxi e ir direto para a Torre Eiffel. As luzes da noite estavam deixando o momento ainda mais romantico, Nina simplesmente segurou as mãos de Demetria, e olhando em seus olhos perguntou
- Independente do que diga o mundo, fica comigo pro resto da vida?
Demetria com o coração nas mãos, prestes a entregar de bandeja a Nina, sorrindo responde
- FIco!
Logo, Demetria a beija, abraçando-a bem forte. As duas tiraram varias fotos ao pé da torre e voltaram para chamar um taxi e leva-las em qualquer hotel que estivesse perto, no caso o Le Marquis Eiffel. Chegando ao hotel, Nina foi fazer o check in, mas seu frances não era dos melhores, no caso, ele era nulo. Uma mulher que estava ao seu lado a ajudou, uma mulher que tinha idade para ser sua mãe, estava fazendo o check in no mesmo momento.
- Te ajudo? - disse a mulher
- Por favor, preciso de uma suite para 2 dias, em meu nome, Nina F. Grant
A mulher a olhou, mediu dos pés a cabeça, logo perguntou
- O F seria de que?
- Fraser, senhora!
Naquele momento o coração da mulher parou por um segundo e ela continuou
- Você conhece Greta Fraser?
- Minha mãe! - Respondeu Nina.
Por alguns instantes varios flashes vieram a tona na cabeça da tal desconhecida que na verdade não era tão desconhecida assim, era Isadora, fazendo check in no mesmo momento do que Nina. Isadora não fez mais perguntas e terminou o registro e entregou a chave a Nina.
- Por que você perguntou? - questionou Nina
- Acredito que conheci sua mãe na viagem anual a Londres, eu estava de férias apenas, porque meu país funciona um pouco diferente. - respondeu Isadora
- Você é Alemã?
- Russa. - respondeu Isadora.
Demetria apenas observava a conversa, Nina passa a chave a Demetria e ambas vão em direção ao elevador, e com um frances menos do que basico agradece a ajuda
- Merci!
Isadora sorri e responde
- De rien!
Demetria e Nina sobem e Nina explica
- Achei estranho ela conhecer minha mae, pelo menos minha mãe nunca disse que conhecia uma russa. - Nina sorri dando um beijo carinhoso e delicado em Demetria.
Greta chega na casa de Fraser, pega sua varinha, abre a porta e vai diretamente ao quarto do pai
- Acorda!
Fraser se assusta e se levanta
- Greta, o que faz aqui?
Não tenho tempo pra perguntas, você vai me prometer que vai manter o Flynn aqui, não deixe que ele vá atras de mim, estou indo para Paris atras da Nina.
Fraser coloca seus oculos e se levanta
- Greta, isso é muito precipitado. Vocês deveriam conversar
Greta o interrompe
- Não, cansei de fazer o que vocês querem, preciso encontrar minha filha, ver que ela esta bem apenas, vou estar olhando de longe, mas primeiro quero que você veja pra mim a localização exata dela!
Fraser suspira e vai até o banheiro, abre a torneira e começa a olhar para a agua que se transforma em um torrente de informações, logo com delicadeza ele puxa para fora a informação que greta precisa, ela vê a cena em que Demetria e Nina estão na Torre Eiffel.
- Esta bem, em 2h estarei la, vou pegar um voo sem escalas, bem provavel que ja estejam em algum hotel, vou olhar os hoteis proximos, mas vou encontra-la.
Greta sem se despedir de Fraser sai pisando duro em direção ao carro, dirige até o aeroporto e pega o primeiro voo a Paris. Após o voo, pega um taxi e vai em direção a Torre.
- Vamos al Le Marquis!
O taxista a deixa no hotel, Greta vai até a recepçâo e pergunta
- Boa noite, sou Greta Fraser Grant, minha filha provavelmente se hospedou aqui, Nina Grant, por favor.
- Sim, mas acredito que ja estâo dormindo. Gostaria de deixar um recado?
- Não, apenas saber se estão bem, existe quarto disponivel?
- Infelizmente não, elas pegaram o ultimo que havia.
Greta olha para o relogio e pensa
- Bom, vou estar em algum hotel proximo, mas não quero que minha filha saiba que estive aqui, boa noite.
Greta deixa a recepção e na porta de entrada do hotel esbarra em Isadora. Greta sente seu coraçâo parar e Isadora não acredita no que ve
- Greta! Exclama Isadora
Greta ainda sem palavras com o encontro não sabe o que fazer. Isadora a puxa para dentro do hotel até o saguão.
- Greta, você está otima - diz Isadora
- Isadora, eu ... eu nem sei ... eu não sei o que falar, eu não sei o que aconteceu, eu simplesmente não sei.
Isadora a observa e abre um sorriso
- Não precisa me explicar nada, você tem uma filha linda.
- Nina? Você a viu? - perguntou Greta
- Sim, eu a ajudei a fazer o check in
Greta ainda abalada com o que estava diante dos seus olhos, se aproxima de Isadora, tocando seu rosto, seu cabelo.
- Eu não acredito que é você - diz Greta
- Sim, sou eu.
Isadora a abraça forte e diz baixinho
- Eu paguei pelo erro que cometi, e ainda estou pagando
Greta a olha nos olhos e a beija, o beijo que esperou quase 20 anos para acontecer, Isadora levanta e puxa Greta para acompanha-la até seu quarto, ambas sobem no elevador , sem parar de beija-la Isadora vai guiando-a -para seu quarto, abre a porte e ambas entram e ali passam a noite que esperaram por tanto tempo. Greta não acreditava que estava lado a lado da mulher de sua vida, a mulher que esperou por tantos anos, e assim amanheceu o dia e Greta sem pregar os olhos viu Isadora acordar
- Bom dia - disse Greta
Isadora a beija retribui
- Bom dia!
- Eu tenho tantas coisas para te perguntar, tanto o que entender.
Isadora a interrompe
- Depois, agora vamos tomar café da manhã e vamos recorrer Paris, assim como fizemos antes.
Greta sorri e se arruma para o Cafe da manha, naquele momento, Nina era a ultima de suas preocupações.
Nina e Demetria estavam no mesmo andar que Greta e Isadora. Ambas ja estavam esperando o elevador quando a porta do quarto de Nina se abriu, e as duas caminharam ate o elevador. Nina não acreitava em ver sua mãe ali, ela ficou paralizada mas foi até la
- Mãe? - Diz Nina
- Nina! - Exclama Greta, surpreendendo-se com o encontro matinal.
Demetria fica quieta, apenas observando, aquele encontro um pouco estranho mas que poderia ser algo importante. Isadora quebra o silencio
- Nina F! Aqui esta sua mãe, te disse que a conhecia, lembra?
- SIm, realmente, mas eu não entendo o que você faz em paris ... - diz Nina
Greta sorri envergonhada e completa
- Talvez seja eu quem deve fazer essa pergunta, não?
O elevador chega e as quatro descem para o café da manhã. O silencio continua no elevador, atpe que Greta se arrisca
- De todas as maneiras voce nao me apresentou a sua amiga
O elevador chega e as quatro saem, Nina se aproxima de Greta, delicamdamente segura a mão de Demetria e diz
- Sei que isso vai ser estranho, ou algo que eu não possa explicar, mas independente do que você pense ou me diga eu ja fiz minha escolha e ela é a pessoa que esta comigo, se é possivel se apaixonar tão rapido, não sei, talvez nem Jane Austen saiba - brincou Nina e logo continuou
- Ela é Demetria
Greta sorrindo com as explicações de Nina, abraça Demetria
- Um prazer, e mesmo ela não apresentando, sou Greta!
Demetria sorri e fica ao lado de NIna. Isadora sorri e pede uma mesa para as 4. Durante ao café da manhã algumas coisas não são ditas, e Paris se torna o alvo, ate que Nina pergunta
- Vamos visitar os lugares que você visitou com o meu pai!
Isadora encara Greta e começa a rir, Nina não entende e Greta responde
- Nina, eu nunca estive com seu pai em Paris
Nina se surpreende e continua
- Como que não? Se eu sempre ouvia sobre você em Paris e sei que ele estava tambem,
Greta ainda sorrindo toma um gole de cafe, respira fundo e começa
- Não sei se faço um discurso igual ao seu quando me apresentou a Demtria, ja que o meu talvez seja mais simples. Eu estive em Paris sim, mas não com o Flynn, estive em aqui com ela, com Isadora
Nina fica em silencio ainda sem entender.
- Conheci a Isadora em Londres, no White Hart, e decidimos vir pra cá.
Nina interrompe
- Espera, então nunca foi você e meu pai, você conheceu a Isadora e veio pra Paris
- Exatamente - concorda Greta.
Nina olha para Demetria, nesse momento, Demetria segura a mão de Nina ambaixo da mesa. Nina olha para a mãe e para Isadora
- Talvez eu não devesse perguntar, mas ... e o meu pai agora?
Greta responde sem pensar muito
- Seu pai sempre soube de tudo e nunca falou a respeito, talvez não seja o momento de explicaçôes, apenas estou te falando o que meu coração me diz pra falar.
Não tinha omo negar de que as coisas estavam um pouco estranhas, mas talvez pra ambas as partes falar menos era mais.
Após o café da manhã, Nina e Demetria levantaram da mesa e Nina disse
- Temos coisas que queremos ver, então, talvez a gente se esbarre mais tarde por aqui
Greta concordou com a cabeça e elas deixaram a mesa do café, deixando Isadora e Greta.
- Uma hora ou outra ela iria saber, menos mal que foi por você - Disse Isadora
-Eu sei, mas ainda não sinto que as coisas estão bem, não posso simplesmente tomar uma decisão que vai mudar minha vida baseada em uma noite com você, porque da ultima vez eu posso até não lembrar o que aconteceu, o que eu sei é que você não estava la
Isadora respirou fundo, segurou a mão de Greta
- Talvez eu não estivesse perto, ou visto tudo o que passou com você, mas eu sabia que tinha que te proteger, tudo o que você tiver que dizer, me diga agora, porque eu eu sempre te amei, incondicionalmente, eu fiz o que deveria ter feito, sabia que você não poderia tocar o calice, sabia de tudo, e eu tive que sacrificar nosso amor pela sua vida, e eu sei que escolhi o que era certo.
Greta sem palavras aperta a mão de Isadora ainda olhando fixamente para ela
- Eu quero que você deixo isso pra tras
Greta deixa escapar uma lagrima, e pergunta
- Por que Isadora? Por que você me deixou?
Isadora respira fundo, e exlica
- Meu pai estava com o calice de Jinx, mas havia colocado um encantamento que nem eu consegui quebrar e ele ja esperava que você fosse busca-lo, o que eu pude fazer foi quebrar o calice, e guardar esse pedaço ...
Isadora pega em seu bolso um pedaço de pano onde estava embrulhado o pedaço que havia sobrado do calice de Jinx e coloca sobre a mesa
Greta olha para o pedaço do calice e novamente para Isadora.
- 20 anos Isadora, o que pensa que eu sou? Depois de todo esse tempo eu simplesmente estive no escuro, buscando uma explicação, arrisquei e perdi, esta claro pra mim que você não pensou em mim, poderiamos ter fugido, não queria o tal calice, queria que você viesse comigo, mas acabou que eu literalmente acabei no chão, com o coração partido
Isadora se emociona apenas ouvindo Greta
- Eu tive que me recompor, tive que seguir minha vida, tenho uma filha, um casamento, tenho uma outra vida, eu deixei de fazer missões para o conselho, apenas para ter uma vida normal e não me envolver mais com esse mundo, para não ... para não ter que trazer você novamente pro meu coração.
Isadora desaba e começa a chorar e interrompe Greta
- Eu te amo Greta, e os anos não mudaram isso, eu tive que sair de casa quando quebrei o calice, faz 2 anos que meu pai foi atacado e levado preso, talvez você nem saiba disso, mas eu estou tentando ser responsavel em corrigir as coisas que andam acontecendo em meu pais, mas não esta sendo facil, tenho mais inimigos do que amigos, que desejam a velha politica
Greta a interrompe
- Isadora, não quero desculpas, quero o porque esse pedaço de calice fez com ue nossa vida tomasse esse rumo
- Greta, o conselho escoces e ingles queriam o calice para poder mergulhar no Lago Baikal, somente o portador do calice ou do que sobra dele não sera atacado pelas criaturas que ali habitam, sem isso, não sobreviveriam 2 metros de profundidade.
Greta sem palavras pega o pedaço do calice em sua mão, seu material era de uma pedra esverdeada, diferente de qualquer uma que havia visto.
- Por que o conselho iria querer explorar o lago?
Isadora sorri e responde
- Simplesmente porque grande parte dos objetos magicos de poder estao presos lá, a pedra filosofal por exemplo, entre outros objetos que não lembro, mas meu pai deixou uma lista com pelo menos 20.
Greta coloca novamente o pedaço do calice na mesa e a olha
- Eu sei que isso parece meio confuso, mas eu tenho protegido isso todos esses anos, a maioria das facções e ministerios acreditam que meu pai lançou o calice no lago antes de ser preso, ou seja, ainda tentam encontrar uma maneira de buscar os artefatos, mas não sabem como
ENquanto isso pelas ruas de paris, Demetria pergunta
- Quer falar a respeito?
- Acho que não por agora, - Nina sorri e continua
- Quero voltar com você pro hotel, porque não consigo segurar essa vontade que eu tenho de te beijar
Demetria sorri e simplesmente elas voltam para o hotel, chegando no elevador Demetria se aproxima de Nina e a pressiona contra a parede do elevador, e começa a beijar seu pescoço, suas mãos seguem o contorno de corpo de Nina até que seu labios chegam proximo a orelha e bem de leve sua lingua explora cada pedacinho dela. Nina solta um gemido e o elevador se abre, Nina a segura sua mão e vão até a porta do quarto, Nina tenta abrir a porta e Demetria a abraça por tras, colocando seu cabelo pro lado e beijando sua nuca e ombros, Nina abre a porta finalmente e a bate com vontade, Nina sorri e empurra Demetria na cama, se aproxima, simplesmente se senta no colo de demetria, sobe suas mãos tirando a blusa, e voltando a beija-la intensamente. Demetria tira a blusa de nina e volta a beija-la, Nina beija o pescoço de Demetria bem devagar enquanto tirava seu sutiã, naquele momento qualquer coisa que estivesse perturbando sua mente seria completamente esquecido ja que a unica coisa que de verdade importava estava em seus braços.
Após a conversa estranha que tiveram, Isadora pediu que Greta fosse ate seu quarto.
- Vem comigo - disse Isadora
Greta se levanta e a companha, ainda em silencio sobem pelo elevador e passam pelo quarto de Nina ouvindo alguns ruidos
- Parece que não foram ver os pontos turisticos - Disse Isadora rindo
Greta se aproxima da porta e ouve o que talvez nenhuma mãe gostaria de ouvir
- Vamos logo, não quero ouvir - Disse Greta envergonhada.
Isadora e Greta entram e Isadora tranca a porta.
- Você precisa terminar sua relaçâo com Flynn - diz Isadora confiante
Greta sorri
- Assim de simples? Simplesmente terminar meu casamento porque você aparece depois de 20 anos e pede que eu faça isso?
- Exatamente isso - Isadora sorri
Greta vai até Isadora um pouco seria e olha no fundo de seus olhos
- Não consigo falar não pra você!
Greta a beija com vontade, colocando-a contra a porta. Isadora sorri e a abraça. Apesar da lua de mel dupla que estava acontecendo em Paris, os problemas ainda existiam, e Flynn estava sem saber o que fazer em Edimburgo, o melhor que pode fazer foi consultar Fraser, indo em sua casa.
- Fraser! SOu eu, Flynn!
Fraser abre a porta e Flynn entra transtornado e questiona
- Ela foi pra Paris, não foi?
Fraser não responde e simplesmente se senta
- Quer uma xicara de chá?
Flynn sem paciencia se aproxima de Fraser e de joelhos implora
- Por favor Fraser, onde esta Greta? Ela foi pra onde? Paris? Russia? Onde ela esta?
Fraser arregala os olhos apoiando a xiacara de cha em uma mesinha
- Desde que entrou aqui você não perguntou se ela ou se Nina estão bem, apenas quer saber onde elas estão, isso é muito egoista de sua parteFlynn.
- Fraser, você não entede! - Responde Flynn
- Eu? Com certeza eu entendo, mas devo pedir paciencia a você, Tanto Greta quanto Nina precisam desse tempo para resolver seus problemas, não precisam de influencias externas, no caso, você e eu.
Flynn inconformado se senta
- E devo simplesmente esperar? Sei que minha mulher vai arrumar alguma maneira de terminar o casamento, porque ela não tira essa russa da cabeça, ja se passaram 20 anos e isso ainda continua
Fraser respira fundo e completa
- Flynn, você pode enganar o amor, mas ele não te engana, ele te encontra, não podemos simplesmente separar coisas que devem permanecer juntas, se o destino de Greta é estar com ela, vai ser assim, se o destino for estar com você, ela vai estar, não podemos influenciar o tempo e nem as coisas que estão ao nosso redor.
Flynn sem saber o que dizer olha pela janela e fecha os olhos por alguns instantes.
- Talvez eu devesse esperar, mas até quando? - Indaga Flynn
- Esperar apenas, até o ponto em que você achar que não deve mais esperar, mas começar esperando. - Aconselhou Fraser.
Depois de uma tarde de paixão torrida, Greta se aproxima da janela, e começa a pensar, observando a rua e Isadora ao mesmo tempo
- "você me fez sentir como se não tivesse sobrando nada de mim, você tirou tudo o que eu era, quebrou meu coração, me quebrou inteira. Agora acordo e você esta aqui, tentando fazer com que tudo seja melhor. Mas eu não consigo te odiar, não consigo".
Greta sai do quarto e sai pela rua, corre até uma praça que havia ali proximo, -" A vida as vezes nos machuca profundo demais, não sei o que fazer."
Greta tira sua aliança, e olha para ela
- O sol vai nascer amanhã uma vez mais
Diz Greta lançando sua aliança bem longe. Greta volta caminhando para o Hotel, sobe até o quarto de Isadora, abre a porta e a vê ainda dormindo, se aproxima da cama e deita ao seu lado, abraçando-a.
Demetria sorri olhando para Nina e diz
- Talvez sua mãe e Isadora tenham vivido a historia de Persuasão, não?
Nina sorri e diz
- Não sei, talvez, so sei que a unica pessoa que me preocupa é meu pai, ele é muito apaixonado por ela.
Demetria acaricia o rosto de Nina e sorri
- Se ele for apaixonado por sua mãe 5% do que eu sou por você ja esta bom!
Nina sorri e a beija.
- Talvez esse seja o fim da "paz" do mundo bruxo, depois de tanto tempo.
- Eu não sei o que pensar, só sei que estarei ao seu lado - Completa Demetria
Flynn volta para casa desolado, pega seu celular e envia uma mensagem a Greta
"Greta,
Eu sei que você está em Paris, você pode duvidar da minha honestidade e tudo o qeu fiz pra te proteger. Eu sei que eu cometi um erro terrivel em não falar nada pra você, mas eu quero redimir meus erros. Espero que não seja tarde demais para pedir perdão pelo o que eu fiz.
Flynn"
Greta ouviu seu celular e leu a mensagem de Flynn, fechou o celular por alguns instantes e simplesmente voltou a abri-lo para responder
"Flynn,
" Quando estava com você eu senti que te conhecia e conhecia seu coração, como se você não pudesse me machucar nunca, só que não foi assim, você escondeu o que eu sou, o que eu sinto, como se o que eu sentisse fosse minha culpa. Talvez Esses dias de distancias sejam bons para que tanto eu quanto você pensemos em nossa vida.
Greta"
Greta fecha o celular e acorda Isadora, dando um beijo em seu rosto.
- Greta, - sorii Isadora
- Já é hora - disse Greta
Isadora não entende e continua em silencio
- Temos que ir até o Lago e impedir que os conselhos cheguem antes e acabem com a paz que temos hoje.
Isadora sorri abraçando-a forte
- Sabia que você faria o que é certo
- Eu conheço o Sinclair, sei que ele vai fazer de tudo para destruir você, afinal de contas, quando Flynn tiver certeza que estou aqui com você ele vai contar ao conselho e simplesmente ja sabemos o que vai acontecer, serei acusada de traição e o resto, quer dizer, nós ja sabemos
Isadora se preocupa com o que Greta diz
- Talvez possamos esconder isso por agora, pelo menos até você chegar na Russia, posso ir primeiro e esperar por você em segurança ou nos encontramos em outro em outro lugar e vamos direto para o lago.
Greta começa a pensar nas possibilidades e se levanta
- Onde você vai? - pergunta Isadora
- COnseguir ajuda - responde Greta
Greta vai ate a porta do quarto de Nina e bate
- Nina!
Nina ouve e se cobre com um lençol, vai até a porta e abre uma fresta apenas
- Mãe, o que foi?
- Abre, precisamos conversar
- Agora?
- Já!
Greta abre a porta e Demetria rapidamente se cobre morrendo de vergonha.
- Desculpe, Demetria, mas é importante!
Nina completamente envergonhada tenta disfarçar
- Mãe, é assim ... eu estava ...
- Corta essa! Interrompe Greta e continua
- Quero propor uma coisa. Temos uma missão que precisamos fazer, mas pra isso voê precisa sentar e ouvir toda a historia, antes de me julgar ou qualquer coisa, preciso de sua ajuda e da Demetria também, acredito que em 4 somos melhores do que 2
Nina sem entender se senta perto de Greta
- Explique então
Greta respira fundo
- Vou tentar ser o mais breve possivel. Em 1988 seu avô me enviou em uma missão na Russia, precisamente no lago Baikal, eu tinha que pegar o Calice de Jinx das mãos do Dimitri, mas por alguma razão o destino me fez ser completamente apaixinada pela filha dele, Isadora. Fui a Russia, seu pai me seguiu na epoca, tentei achar o calice mas não consegui, mas encontrei Isadora, ela disse que o encontraria pra mim, acreditei nela e voltei pra floresta onde estava seu pai, ela mentiu, me deixou la e eu não tenho mais memoria depois, apenas o que seu pai me conta, mas hoje conversando com ela eu descobri que na verdade meu pai queria o calice pra poder descer no lago e pegar os artefatos magicos que estao ali e que claro, se cair na mao do conselho um guerra pode explodir entre as familias bruxas mais influentes, então isadora destruiu o calice fazendo paracer que seu pai o atirou no lago, fazendo com que essa paz que vivemos hoje continue, mas eles ainda estão tntando, e nossa chance é descer no lago e recuperar os artefatos antes do conselho
Nina ouve tudo um pouco confusa, Demetria se interessa na historia e diz
- Vamos!
Nina sorri e diz
- Isso é muito louco, mas me parece o suficientemente bom para deixar passar
Greta abraça Nina e caminha até a porta.
- Espero vocês prontas em 1h aqui no corredor
Greta sai e fecha a porta. Nina olha para Demetria sorrindo, senta ao seu lado e beija seu pescoço
- Não consigo ficar com as mãos longe de você
Saturday, February 11, 2017
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